Água de torneira chega branca e com gosto de água sanitária, dizem moradores de Codó

A água chega às residências com coloração esbranquiçada, especialmente pela manhã, e à noite o abastecimento é interrompido, só retornando no dia seguinte.

Moradores do bairro São Sebastião, em Codó (MA), enfrentam há mais de três anos problemas com a qualidade da água fornecida pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Codó (SAAE), a água chega às residências com coloração esbranquiçada, especialmente pela manhã, e à noite o abastecimento é interrompido, só retornando no dia seguinte.

A aposentada Eunice Silva Lopes afirma que tem evitado o uso da água para atividades básicas, como cozinhar, e que recorre à água filtrada. “Tô usando a filtrada. Porque essa branca fica muito ruim da gente cozinhar, parece leite e pode ainda fazer mal para a pessoa”, desabafa.

Além da cor, moradores relatam que a água apresenta gosto de cloro e água sanitária. Com receio de riscos à saúde, muitos recorrem diariamente à compra de água mineral. A empreendedora Cassilene da Silva afirma que seus filhos já apresentaram problemas de saúde que ela acredita estarem relacionados à qualidade da água. “De manhã é pior ainda. A gente tem que esperar mudar de cor para poder usar. O sabor é horrível. Meus filhos só vivem doentes, e por isso temos que comprar água mineral”, relata.

Diante das queixas, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Codó (SAAE) informou que tem feito visitas às residências para analisar a situação. Segundo o químico do órgão, Acácio Siqueira, o aspecto “branco” da água é resultado de um fenômeno comum em horários de menor consumo.

“No período da manhã, quando há menos pessoas utilizando a rede, o sistema fica despressurizado, o que causa essa aparência. Mas logo após o aumento no consumo, a rede se estabiliza e em poucos segundos a água volta ao normal”, explicou.

Quanto ao gosto e odor relatados pela população, o químico afirma que são decorrentes da aplicação de cloro — produto necessário para garantir a potabilidade e eliminar microrganismos. O SAAE não informou se medidas serão tomadas para evitar os transtornos relatados pelos moradores.

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